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Vandalismo ao bem público é prejuízo à sociedade
Para aqueles que precisam do transporte público coletivo para se deslocar pelas cidades, ônibus de qualidade, em bom estado de conservação e limpos são alguns dos atributos indispensáveis para uma experiência agradável de deslocamento. No entanto, o próprio usuário, que faz uso dos ônibus e que depende de tais atributos para o seu conforto durante as viagens, muitas vezes, é quem pratica atos que degradam os veículos.
Em Goiânia, no período entre os dias 16 de outubro a 06 de novembro, foram registradas 38 ocorrências de vandalismo nos ônibus da RMTC. Esse total equivale a uma média de 2,23 ocorrências por dia, sendo a maioria dos casos em dias de sábado (nove ocorrências). Dentre os tipos de vandalismo identificados estão: vidros quebrados, cabos de porta danificados, retrovisores arrancados, bomba de ar danificada, dentre outros. O gráfico a seguir representa os quantitativos acumulados, por dia de semana, das ocorrências de vandalismo no período citado.
A população, que paga por esse serviço, é profundamente prejudicada. Os danos causados em veículos do transporte público em decorrência de atos de vandalismo podem resultar, em alguns casos, na necessidade de retirada do veículo de circulação para os reparos necessários.
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I Jornada Azul pode atrasar linhas do transporte coletivo em Goiânia
No próximo domingo (26), acontece no setor Campinas, em Goiânia a I Jornada Azul. A caminhada tem início na Praça Joaquim Lúcio e segue até a Praça Campininha das Flores, passando pela Rua José Hermano e Avenida Sergipe. Dessa forma, as linhas do transporte público coletivo que atendem a região podem sofrer atrasos. O trânsito será compartilhado das 8 às 11 da manhã.
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Fatores climáticos causam prejuízos à operação do transporte público coletivo
Depois de quase quatro meses de estiagem, a chuva voltou a cair em Goiânia e região metropolitana, no fim do mês de setembro. Somado ao fator climático, a existência de árvores frutíferas, como o jamelão, espalhadas na capital, deixam a pista mais escorregadia, o que demanda aos motoristas cuidados redobrados no trânsito. Esses transtornos atingem também o transporte público coletivo, onde a operação da rede sofre interferências diretas.
Pistas escorregadias, chuvas, ventos fortes e falta de energia são algumas das ocorrências registradas como causas de atrasos nas linhas de ônibus, mas que também estão relacionadas ao aumento do risco de acidentes no trânsito.
Em Goiânia, com as chuvas ocorridas nos dias 27 e 29 de setembro, o transporte público coletivo sofreu impactos negativos em sua operação que resultou em atrasos. Nos dias 27, 30 e 31 de outubro e 01 e 03 de novembro, as chuvas novamente deixaram o trânsito lento, inclusive com registros de alagamentos. Nesse período, os impactos causados ao transporte público coletivo se deram em mais de 20 vias. As avenidas 85, C-233, Mutirão e a BR-153, estão entre as que registraram os maiores e piores impactos.
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Redução dos atrasos no transporte público requer prioridade ao ônibus
Uma rede eficiente de transporte público coletivo de passageiros depende fundamentalmente do planejamento de sua operação. Especialistas em transporte destacam como aspectos indispensáveis ao planejamento de transportes públicos a definição de itinerários, a conveniente agregação da demanda, organização da operação, programação da oferta e informação aos usuários. O desempenho de todo o sistema se relaciona diretamente com o atendimento da expectativa que o usuário tem sobre o serviço de transporte público disponível.
Pesquisa realizada pela Universidade Federal do Paraná destaca, dentre os principais atributos ponderados pelo usuário, o tempo de deslocamento. Este, por sua vez, depende de fatores externos ao sistema de transporte público coletivo, tais como o tráfego geral, a superfície de rolamento, a ocorrência de acidentes, interdições de vias, dentre outros. Uma pesquisa realizada pelo RedeMob Consórcio, em Goiânia, entre os dias 23 e 27 de outubro, revelou que entre as diversas causas de atrasos das linhas de ônibus, 82,1% correspondem ao trânsito lento. As demais causas se distribuem entre acidentes com terceiros (4,4%), semáforo com defeito (4,4%), interdição de via (4,2%), fatores climáticos (3,5%) e feiras livres (1,5%).
Políticas que incentivam o uso de veículos individuais prejudicam significativamente a mobilidade urbana e alimentam a ocorrência de congestionamentos por toda a cidade. Ao revelar a lentidão no trânsito como a principal causa de atrasos no transporte público, a pesquisa do RedeMob Consórcio também mostra que o excessivo uso individual do espaço viário, que é de caráter público, é um dos fatores que impedem que a cidade cumpra sua função social.
Ao contrário do transporte particular, o transporte público coletivo é capaz de oferecer aos cidadãos o acesso equitativo e eficiente aos diversos locais das cidades, bem como de oferecer mais atributos relacionados à sustentabilidade socioeconômica e ambiental. Sendo assim, cabe destacar: o desempenho do transporte público coletivo depende de políticas que o priorizem frente ao transporte individual motorizado.
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Aumento de veículos em circulação agrava problemas de mobilidade
Nos últimos cinco anos, a frota de veículos em Goiânia cresceu 20,17%. Segundo o IBGE, essa taxa passou de 932.474, em 2011, para 1.120.645, em 2016. Desse total, 52,80% são automóveis (591.801). Se dispostos em uma única fila a partir da Praça Cívica, todos os carros de Goiânia conformariam uma extensão de aproximadamente 2.367,20 km*, distância suficiente para chegar até a cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.
Os problemas de mobilidade urbana enfrentados diariamente pela população goianiense estão diretamente relacionados a fatores como o uso excessivo de veículos motorizados individuais e a falta de políticas públicas que priorizem o transporte público coletivo. Além da mobilidade, a cidade é prejudicada pelo aumento da poluição, do número de acidentes de trânsito, do tempo gasto pela população em viagens diárias, dentre outros. A melhoria de vida na Região Metropolitana de Goiânia passa pela valorização e priorização do transporte público coletivo.
*considerando comprimento médio de 4m para os veículos em trajeto rodoviário (não em linha reta).
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