• Avenida 85 vai ganhar corredor preferencial para o transporte coletivo

    25/11/2014 Categoria: Trânsito e Transporte

    Prefeitura de Goiânia já iniciou as obras para implantação da faixa preferencial para as linhas de ônibus que passam pelo local. A expectativa é beneficiar mais de 170 mil usuários do transporte público, além de melhorar o trânsito para pedestres e motoristas na região

    Avenida 85

    A Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade de Goiânia (SMT) iniciou na última quinta-feira, 20, as obras do corredor preferencial de ônibus na Avenida 85. As intervenções estão sendo feitas de forma gradativa, começando pela restrição de estacionamentos na Avenida S-1, implantação de novas sinalizações horizontais, verticais e semafóricas, dentre outras intervenções a serem realizadas para atender ao projeto da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC).

    O corredor preferencial da Avenida 85 integra um conjunto de obras de mobilidade que a Prefeitura da capital anunciou no início do ano para dar mais fluidez e agilidade ao transporte coletivo e aumentar a segurança no trânsito. A Avenida 85 será a terceira via da Região Metropolitana a receber faixa preferencial para ônibus. Os corredores das avenidas Universitária e T-63 foram os primeiros, implantados em 2012 e 2013, respectivamente, e somam aproximadamente 8 Km.

    De acordo com a CMTC, as obras dos corredores das avenidas T-7, T-9, Independência e 24 de Outubro também devem ser iniciadas em breve, somando 46,5 quilômetros de faixas preferenciais e beneficiando centenas de milhares de usuários de pelo menos 66 linhas do transporte coletivo. Isto deve trazer maior acessibilidade, rapidez e conforto não só para os usuários do serviço, mas também para pedestres, ciclistas, moradores e comerciantes das regiões impactadas.

    Nos últimos dois anos, desde a criação da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Nº 12.587/2012), várias capitais brasileiras têm investido efetivamente e alcançado bons resultados na criação de faixas exclusivas e preferenciais para ônibus. São Paulo, por exemplo, recebeu mais de 350 quilômetros deste tipo de espaço para o transporte público desde janeiro de 2013 e agora já conta com quase 500 quilômetros de corredores. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego da cidade (CET), houve um ganho médio de 60% na velocidade e tempo de viagem dos ônibus.

    Para o diretor geral do RedeMob Consórcio, Leomar Avelino, não há como falar em aumento de qualidade do transporte público se não houver investimentos efetivos em infraestrutura pública para os ônibus circularem com mais fluidez. “Especialistas do mundo inteiro são unanimemente favoráveis quando o assunto é priorizar o transporte público. Com os incentivos ao transporte individual e o aumento da quantidade de carros nas ruas, a velocidade dos ônibus caiu consideravelmente nos últimos anos, trazendo diversos impactos negativos para o custo operacional e a qualidade do serviço. Para revertermos este quadro é essencial que o poder público invista efetivamente na democratização e melhoria dos espaços viários, de modo que as viagens de ônibus se tornem mais ágeis e competitivas que os veículos individuais”, destacou.

    Quer saber mais sobre faixas preferenciais e exclusivas para ônibus? Então clique aqui.

    (Com informações da Secom/Prefeitura de Goiânia)

  • Solução pública: governos precisam investir mais em transportes coletivos

    21/11/2014 Categoria: Trânsito e Transporte

    Ônibus em movimento na T-9Em 2013 a redução do IPI e o preço subsidiado da gasolina custaram aos cofres públicos R$ 19,38 bilhões, quase o dobro dos R$ 10,2 bilhões investidos por governo federal, estados e municípios em melhorias da mobilidade urbana, segundo publicação do O Globo no início deste mês. Reportagem do jornal Valor Econômico traz comentários de diversos especialistas sobre os efeitos negativos do excesso de carros nas ruas dos grandes centros urbanos e a necessidade de se investir mais em transportes públicos:

    O futuro das cidades com garantia de mobilidade passa por uma mudança de filosofia urbana e pesados investimentos. A aposta inevitável dos especialistas é pelo transporte público, com a modernização da infraestrutura e a aplicação intensiva de tecnologia, aliado ao estrangulamento do uso dos veículos particulares. Os diagnósticos dos especialistas apontam para um desafio que todas as metrópoles terão que enfrentar antes de serem paralisadas por um mega problema: a imobilidade.

    “Muitas cidades em desenvolvimento, ao redor do mundo, vêm se tornando dependentes da mobilidade por carro e isso precisa mudar. Não estou demonizando o carro, mas há vários problemas nesse modelo, como a poluição do ar, o aumento das doenças respiratórias, a dependência de combustíveis fósseis, a exclusão social e o aumento dos congestionamentos, que criam uma erosão econômica e afetam a qualidade de vida”, disse Robert Cervero, diretor do Instituto de Desenvolvimento Urbano e Regional da Universidade Berkeley da Califórnia, nos Estados Unidos.

    “A grande pergunta é: que cidade queremos? Uma metrópole ou uma pequena cidade? É preciso que a sociedade defina se quer uma cidade amigável e sustentável ou uma cidade sufocada pelo automóvel”, afirmou Alain Flausch, secretário-geral da União Internacional de Transporte Público (UITP), entidade que reúne 3.400 autoridades públicas, operadores, fabricantes, universidades e centros de pesquisa de 92 países relacionados ao tema da mobilidade urbana.

    Os moradores de São Paulo gastam, em média, duas horas e meia no trânsito todos os dias. No Rio de Janeiro, a média é de uma hora e cinquenta minutos. Um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) revela que o prejuízo com o nó do trânsito chegará a R$ 34 bilhões em 2016 – quase 25% do PIB da cidade previsto para o ano dos Jogos Olímpicos.

    Por ano, o tempo perdido no transporte custa nas metrópoles brasileiras R$ 62 bilhões, oito vezes o que se investiu anualmente em mobilidade, pelos cálculos dos pesquisadores Armando Castelar e Luísa de Azevedo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), e Júlia Fontes, do Tesouro Nacional.

    “Investe-se muito mais no transporte individual do que no transporte público. Enquanto não for resolvida essa contradição, não iremos a lugar algum”, disse Sydnei Menezes, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ). “É preciso focar o investimento no pedestre, no ciclista, na conexão eficiente entre as diferentes áreas, no uso compacto da terra. Precisamos de um novo modelo de cidade”, afirmou Clarisse Linke, diretora-executiva do Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (ITDP) Brasil, uma ONG que promove o transporte sustentável e equitativo. “Pensar no trânsito deveria ser mais do que pensar apenas na mobilidade para aliviar o tráfego para pensar também na modelagem da cidade”, disse Cervero.

    As soluções combinam políticas públicas e tecnologia. Hamburgo, segunda maior cidade da Alemanha, quer construir uma rede de ruas sem carros para interligar os parques e jardins para permitir que moradores e turistas percorram a cidade inteiramente de bicicleta e a pé. Algumas capitais europeias criaram mecanismos de restrição ou desestímulo aos carros nas áreas centrais.

    A Cidade do México teve ganhos significativos de mobilidade e sustentabilidade com a adoção de uma sigla hoje popular: BRT (do inglês Bus Rapid Transit). O sistema tem 427 veículos e 105 km de corredores expressos, que transportam 956 mil passageiros por dia.

    Além da melhora na circulação, reduziu as emissões de gases do efeito-estufa em 100 toneladas por ano. Outros investimentos também vêm sendo feitos, como a instalação de trens de alta velocidade em quatro cidades ao redor da capital mexicana. “O BRT foi um divisor de águas na mobilidade da Cidade do México”, disse Jesús Padilla Zenteno, presidente da Associação Mexicana de Transporte e Mobilidade.

    Em todo o mundo, os ônibus de trânsito rápido já existem em 180 cidades. São 324 corredores com 4.668 km que transportam 31,4 milhões de passageiros por dia. Só na América Latina são 17 milhões de usuários. O Brasil é líder mundial em BRT. Os dois sistemas já inaugurados no Rio de Janeiro têm quase 100 km e transportam mais de meio milhão de pessoas. Até os Jogos Olímpicos de 2016 serão mais dois. São Paulo tem projeto para dez sistemas, que somarão 129 km e atenderão 3,1 milhões de usuários diariamente.

    Na pioneira Curitiba, que criou o modelo há quarenta anos, são 81 quilômetros e 500 mil passageiros transportados diariamente, mas o sistema já apresenta sinais de esgotamento por falta de investimentos na ampliação e manutenção.

    “Não há uma fórmula perfeita de mobilidade urbana. Paris teve um ganho quando reduziu os estacionamentos e limitou a velocidade máxima na área urbana. Cidades menores, com dois a três milhões de habitantes, como Viena, Copenhague e Estocolmo, chegaram a um estado da arte em transporte depois de 30 anos de trabalho. A grande questão é qual a necessidade de transporte adequada para cada cidade”, afirmou Alain Flausch, da UITP. “O espaço viário é o maior ativo das cidades e precisa ser revisto”, disse Clarisse Linke, do ITDP Brasil.

  • Comitiva da UITP elogia modelo de gestão operacional da RMTC

    05/11/2014 Categoria: Trânsito e Transporte

    Visita UITP - T. BandeirasNa última terça-feira, dia 4, o RedeMob Consórcio recebeu uma comitiva formada por 35 especialistas, autoridades e operadores de transportes públicos do Brasil e outros 15 países – Argentina, México, Alemanha, Reino Unido, Holanda, Austrália, Nova Zelândia, Emirados Árabes, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar, Singapura, Malásia, Abu Dhabi e Dubai. O objetivo da visita técnica organizada pela União Internacional dos Transportes Públicos (UITP) era conhecer a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos da Grande Goiânia (RMTC), considerada modelo de gestão operacional do transporte público por ônibus, e trocar experiências com os operadores do serviço.

    Durante a manhã, na sede da HP Transportes, além de visitar as instalações físicas da concessionária que opera linhas da área Sul da Rede, os visitantes assistiram uma apresentação sobre o que é a RMTC, como ela está estruturada e quais os principais desafios que o sistema de transporte público enfrenta no contexto goiano/brasileiro. Os participantes fizeram várias perguntas sobre questões técnicas como a infraestrutura pública disponibilizada para o transporte coletivo, modelo de tarifação e subsídio tarifário, especificidades do abastecimento e manutenção dos veículos e estatísticas operacionais.

    A comitiva também esteve nos terminais Bandeiras e Cruzeiro para conhecer o modelo de gestão de terminais implantado pelo RedeMob Consórcio. Em seguida passou pelo corredor preferencial da Avenida Universitária e pelo corredor exclusivo da Avenida Anhanguera. A visita se encerrou na sede do RedeMob Consórcio, onde ficam a Central de Controle Operacional (CCO) e a Central de Segurança de Transportes (CST), ambas pioneiras no controle da operação e da segurança nos ônibus e terminais.

    Vice-presidente da UITP na América Latina, o mexicano Jesus Padilla acompanhou o grupo e explicou que a UITP existe há mais de 120 anos para incentivar a cooperação entre milhares de empresas no mundo inteiro e promover o avanço dos transportes públicos e da mobilidade urbana.

    “Belo Horizonte, Goiânia e Rio de Janeiro foram as cidades escolhidas para esta visita porque são consideradas bons exemplos na operação de transporte público sobre pneus e podem dar um panorama geral a outros países que estão investindo neste tipo de modal. Goiânia tem um modelo de integração pioneiro que vem se tornando uma tendência e referência para outros países da América Latina. A forma como a Rede de linhas e terminais foi planejada para integrar toda a região metropolitana, a integração tarifária, o modelo de gestão operacional em que as concessionárias operam de forma conjunta e os investimentos em tecnologia e informação ao passageiro são alguns pontos que consideramos bastante positivos”, afirmou Padilla.

    Khaled Shammout, especialista em transportes e chefe do Serviço de Ônibus da Makkah Mass Rail Transit, na Arábia Saudita, elogiou a hospitalidade dos goianos e disse que achou interessante a forma como a Rede da Região Metropolitana de Goiânia foi estruturada. “Nós apreciamos muito a visita e a hospitalidade com que fomos recebidos. Definitivamente aprendemos coisas novas por aqui e a maioria delas foi positiva. Vocês atendem um grande número de passageiros diariamente, com tarifa barata, muita tecnologia e um bom sistema de horários”, ressaltou.

    Os visitantes também se mostraram surpresos com o fato das concessionárias conseguirem manter o serviço e fazer novos investimentos com uma tarifa que custa pouco mais de um dólar.

  • RMTC recebe autoridades em transporte público de 16 países nesta terça-feira

    03/11/2014 Categoria: Trânsito e Transporte

    Nesta terça-feira, dia 4, a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos da Grande Goiânia (RMTC) recebe autoridades e operadores de transportes públicos do Brasil, Argentina, México, Alemanha, Reino Unido, Holanda, Austrália, Nova Zelândia, Emirados Árabes, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar, Singapura, Malásia, Abu Dhabi e Dubai.

    A visita técnica foi organizada pela UITP – associação internacional que reúne instituições ligadas ao transporte público e à mobilidade urbana de mais de 90 países. O objetivo da visita é conhecer os principais modelos brasileiros de gestão operacional do transporte público por ônibus e promover a troca de experiências entre as instituições membros. Além da Região Metropolitana de Goiânia, a comitiva passará também por Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

    Na capital goiana os visitantes conhecerão a garagem da HP Transportes, concessionária que opera na área Sul da RMTC e vencedora do Prêmio ANTP de Qualidade, os terminais de integração Bandeiras e Cruzeiro, o BRS (Sistema de Ônibus Rápido) da Avenida Universitária, o BRT (Sistema de Trânsito Rápido) da Avenida Anhanguera e a sede do RedeMob Consórcio, onde fica a Central de Controle Operacional (CCO).

    Para o diretor geral do RedeMob Consórcio, Leomar Avelino, a visita representa uma oportunidade de gerar mais conhecimento e experiência aos operadores da RMTC. “É, sem dúvida, uma maneira de trocarmos experiências com instituições que são referência mundial em transportes e também fazermos uma avaliação técnica do que temos de positivo em relação a outras cidades e do que ainda precisa ser melhorado na operação do serviço”, ressalta.

  • Experimente sair da rotina no Dia Mundial Sem Carro

    22/09/2014 Categoria: Trânsito e Transporte

    De Bike CourierPelo menos uma vez ao ano, os habitantes dos grandes centros urbanos são desafiados a sair da rotina para pensar no coletivo. O Dia Mundial Sem Carro, celebrado no dia 22 de setembro, é um convite aberto para deixar o carro na garagem e explorar a cidade através de transportes mais sustentáveis.

    A ideia surgiu na França e a cada ano mais países aderem à iniciativa devido à crescente necessidade de reflexão sobre os grandes problemas que o uso desenfreado de automóveis provoca no trânsito, na saúde, na economia, no meio ambiente e no âmbito familiar.

    Em São Paulo, segundo o laboratório de poluição atmosférica da USP, as pessoas vivem em média dois anos a menos por causa da poluição emitida pelos carros e quase 20 são mortas por dia de forma direta, como em acidentes de trânsito, e indireta, por estresse e ansiedade.

    Diante desses números e de tantas outras pesquisas sobre os malefícios do uso excessivo do automóvel, é fácil compreender o motivo de a mobilidade urbana promover intensos debates na mídia e a necessidade de se priorizar o transporte coletivo. O assunto inclusive ganhou espaço nos planos de governo da maioria dos candidatos às eleições deste ano.

    A bicicleta se destaca como um dos principais meios de transporte sustentável. Além de ser limpa, livre de poluição, a bike ainda traz benefícios que refletem na saúde, já que o ciclista se exercita enquanto pedala.

    De Bike CourierRuy Carvalho (esquerda), dono da empresa goiana de ciclo-entrega DeBIKE Courier, comenta que estava focado na questão ambiental ao fundar a empresa. Além de diminuir o transtorno do trânsito, Ruy encontrou na bicicleta um bom negócio, por ser eficiente e dispensar a dificuldade de encontrar vaga para estacionar, o que influencia diretamente no tempo da entrega e atrai mais clientes. O empresário destaca que vai a todos os compromissos de bicicleta, táxi ou transporte coletivo.

    No Dia Mundial Sem Carro, as pessoas passam pela experiência de fazer suas atividades diárias utilizando o transporte coletivo, bicicleta, skate e até mesmo a pé. Com a data, os habitantes das grandes cidades têm a oportunidade de perceber o trânsito a partir de outros pontos de vista e ver que é possível integrar os meios de transporte em prol de um melhor convívio no trânsito.

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