Diminui o número de pessoas que usam o ônibus como principal meio de transporte

24/08/2015 Categoria: Trânsito e Transporte

Balanço da NTU indica queda de 2%, em um ano, no número de usuários em Goiânia e outras oito capitais

O número de passageiros que usam o ônibus como o principal meio de transporte diminui a cada ano e tem preocupado os transportadores. Dados da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) revelam que, entre 2013 e 2014, a movimentação mensal de pessoas caiu 2%.

O estudo foi baseado em nove capitais: Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Segundo a associação, o número de passageiros passou de 389 milhões, em 2013, para 382 milhões, no ano passado, o que representa 300 mil pessoas a menos transportadas por dia.

De acordo com o presidente da NTU, Otávio Cunha, a queda na preferência pelo transporte público se deve, entre outros motivos, aos longos congestionamentos nas cidades. “As pessoas têm buscado velocidade nos deslocamentos. Como os ônibus ficam cada vez mais parados no trânsito, os passageiros acabam optando por migrar para outros meios que colaborem para a redução no tempo de viagem”, alerta o presidente, ao citar motocicletas e bicicletas como alternativas escolhidas.

A solução, segundo Cunha, é a priorização da infraestrutura de transporte público para que os ônibus deixem de disputar espaços com os automóveis, como a implantação de mais BRTs (Bus Rapid Transit, na sigla em inglês), além de corredores e faixas exclusivas. No total, apenas 79 cidades brasileiras possuem algum desses sistemas, enquanto existem 419 projetos – em obras ou em operação – que totalizam mais de 3,2 milhões de quilômetros de extensão.

As faixas exclusivas de São Paulo, por onde só trafegam ônibus, são uma prova de como o investimento em transporte público pode melhorar a velocidade nas cidades, na avaliação da NTU. No corredor “23 de Maio” houve aumento de 21,7% na velocidade média, entre 2012 e 2013. Os veículos que circulavam a 13,8 km/h passaram a trafegar a 16,8 km/h.

Já uma pesquisa realizada no BRT do Rio de Janeiro revelou que o tempo de viagem é a principal vantagem apontada por 86% dos usuários. O índice de satisfação dos passageiros que utilizam o sistema ficou em primeiro lugar, ultrapassando, inclusive, metrôs e trens.

Além da redução no número de passageiros que optaram pelo ônibus, outros indicadores também caíram, segundo o estudo da NTU. Entre eles estão a quilometragem mensal produzida, bem como o índice de passageiros por quilômetro.  A tarifa média das tarifas também teve redução de 2,5%. “Como a arrecadação das empresas diminuiu, o setor perdeu condição de investimento em novos veículos. A idade média da frota aumentou 4,5%, passando de 4,4 anos, em 2013, para 4,6 anos, em 2014”, ressalta Cunha.

O preço do óleo diesel também aumentou 3%, em média. A alta no valor do insumo, que representa 23% dos custos do setor, tem causado impactos negativos junto aos transportadores. “Historicamente o governo incentiva o uso do transporte individual. O preço da gasolina sobe menos que o do diesel utilizado no transporte público. Além disso, as desonerações dadas à indústria automobilística, com estímulo ao financiamento, geram concorrência desleal com falta de prioridade ao coletivo.”

Planos de Mobilidade

A falta de prioridade aos sistemas coletivos de transporte é um dado relevante da pesquisa. Apenas nove capitais do país apresentaram Planos de Mobilidade Urbana ao Ministério das Cidades.

O prazo estipulado pelo órgão venceu em abril e a não apresentação das propostas resulta em dificuldade de obter recursos para o financiamento de novos projetos. E não foram só as capitais que negligenciaram a necessidade de investimento em transporte público: apenas 0,04% dos municípios acima de 20 mil habitantes apresentaram planos.

Otávio Cunha acredita que o dado é preocupante e reflete a falta de profissionais do setor no Brasil. “Falta pessoal qualificado para isso. Hoje os municípios não têm estrutura. Eles têm que contratar consultorias para fazer os planos, que, via de regra, são muito caros. Não há recursos para pagar por esse serviço”, justifica o presidente da NTU.

Fonte: Agência CNT de Notícias

Linhas 003, 015, 027, 029 e 909 fazem desvios devido a obras do corredor preferencial T-7

08/08/2015 Categoria: Trânsito e Transporte

O trecho da avenida T-7 que fica entre a avenida T-2 e o supermercado Tatico, na C-205, será temporariamente interditado no sentido centro – bairro a partir deste sábado, 8, para o avanço da construção do corredor preferencial de ônibus T-7.

Com a interdição as linhas 003 (T. Maranata / Av. Itália / Rodoviária), 015 (T. Pça A / Flamboyant – Via T.Isidória), 027 (T. Bandeiras / T. Bíblia – Via T-7), 029 (T. Bandeiras / Av. dos Alpes / Rodoviária) e  909 (Res. Eldorado / Av.T-7 / Pça Universitária) farão desvios no sentido centro – bairro.

As linhas 003, 027, 029 e 909 desviam pelas avenidas T-2 e T-6, onde foram criados novos pontos para embarque e desembarque. Os pontos de número 41, em frente à igreja Videira, e 42, em frente ao Tatico, ficarão sem atendimento durante a interdição.

A linha 015 também desvia pela Av. T-6, deixando de atender o último ponto da Av. T-3 (número 2809).

A previsão da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), responsável pelos projetos de corredores de ônibus em Goiânia, é de que a obra seja concluída no dia 27 de setembro, quando as pistas serão liberadas e as linhas voltarão a fazer seu trajeto normal.

Segundo a CMTC, a construção do corredor T-7 está com frentes de trabalho nas avenidas Alpes e C-8 e Itália, nos bairros Vila União e Sudoeste, e nas avenidas Assis Chateaubriand e Gercina Borges Teixeira. As vias, que formam o corredor preferencial estão recebendo trechos cicloviários, calçadas acessíveis, nova pavimentação, novos abrigos de embarque e desembarque, sinalização vertical e horizontal, semáforos, mobiliário urbano compreendendo iluminação dos canteiros centrais, bancos e paraciclos, arborização e paisagismo.

A CMTC também informou que os desvios contarão com a presença de agentes de trânsito em pontos estratégicos para orientação aos condutores de veículos e que está distribuindo panfletos com informações sobre a obra aos moradores e comerciantes da região.

Clientes e motoristas do transporte coletivo aprovam implantação do Corredor 85

07/05/2015 Categoria: Trânsito e Transporte

Pesquisa de satisfação com clientes e motoristas das linhas que passam pela avenida e dados de velocidade dos ônibus mostram que as viagens estão mais rápidas

O tempo de viagem está melhor segundo a avaliação de 60,5% dos usuários dos ônibus que trafegam pelo Corredor Preferencial 85, em Goiânia. Para 53,8% dos entrevistados, o tempo de percurso está mais rápido e para 6,7% melhorou muito. A pesquisa foi realizada pelo RedeMob Consórcio nos dias 29 e 30 de abril, com 185 clientes e motoristas de ônibus e margem de erro de 3%.

A maioria dos motoristas do transporte coletivo também avalia que houve melhora no tempo de viagem após a implantação da faixa preferencial. Para 68,7% dos entrevistados, o tempo de viagem está bom ou ótimo.

62,5% clientes afirmaram a velocidade dos ônibus melhorou após a implantação do projeto. Entre os motoristas, 73,2% consideram que a velocidade está boa ou ótima.

A pesquisa também coletou sugestões para melhorar a eficácia do Corredor. Para 41,1% dos clientes entrevistados, é preciso ampliar a fiscalização ao longo da via. Outros 33,9% pedem que os motoristas respeitem o corredor.

Dentre os motoristas de ônibus, 31,4% sugeriram que a fiscalização seja mais rigorosa para reduzir a invasão da faixa por outros veículos. Para 39,2%, é preciso podar as árvores porque a via do ônibus é estreita. 15,7% solicitaram medidas para reduzir o congestionamento no cruzamento com a T-10 e outros 13,7% pediram melhorias no tempo semafórico.

Melhoras na velocidade dos ônibus e tempo de viagem

Dados registrados pelo sistema da Central de Controle Operacional da RMTC mostram que, com a implantação do Corredor Preferencial, as linhas que passam pela Avenida 85 registraram velocidade até 32% mais rápida. A fluidez dos ônibus chegou a 23,2 quilômetros por hora, sendo que o incremento médio na velocidade foi de 19,6% no período analisado.

Os dados foram constatados no percurso entre o Setor Serrinha e a Praça Cívica. No sentido inverso, da Praça Cívica até o Serrinha, o ganho de velocidade chegou a 24%, com pico de 25,7 quilômetros por hora. A média neste trecho ficou em 20,6 quilômetros por hora. Já o tempo de viagem reduziu 23,7%.

Antes da implantação, a velocidade no trecho entre o Serrinha e a Praça Cívica chegou a 12,3 quilômetros por hora. No sentido contrário (Praça Cívica/Serrinha), a velocidade era de 14 quilômetros por hora.

O coordenador dos corredores preferenciais da Prefeitura de Goiânia, Sávio Afonso, afirma que os ganhos de velocidade registrados até o momento estão dentro da média esperada para os primeiros meses do projeto. Ele afirma que os condutores dos veículos ainda estão se adaptando à reorganização da via, pois continuam ocorrendo invasões da faixa preferencial, o que impacta de forma negativa na efetividade do Corredor.

Sávio Afonso explica que o Corredor 85 ainda não foi totalmente implantado. O projeto prevê um incremento médio de até 19 minutos no tempo de viagem, nos dois sentidos, ao longo de todo o corredor. Nesta primeira fase de implantação, chegou-se a 12 minutos de ganho nos dois sentidos. O corredor terá 7,2 quilômetros, sendo que atualmente apenas quatro quilômetros estão em funcionamento.

Gerente de Projetos do RedeMob Consórcio palestra em seminário da UITP

02/04/2015 Categoria: Trânsito e Transporte

No dia 26 de março, o Gerente de Projetos de Transportes e Trânsito do RedeMob Consórcio, Maurício Ernesto Coelho Júnior, participou do Seminário Inovações no Transporte para Cidades Inteligentes, promovido pela União Internacional dos Transportes Públicos (UITP) – América Latina, em São Paulo. O evento contou com a presença de 120 participantes da Argentina, Bélgica, Brasil, Chile, República Dominicana, Itália, Serra Leoa, Espanha, Suíça, Reino Unido, Turquia e Estados Unidos e com o apoio da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), do Instituto IDESTRA e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Em sua apresentação sobre como os investimentos em tecnologia podem trazer benefícios para a operação do sistema de transporte público, Maurício lembrou que Goiânia tem uma trajetória de inovação e pioneirismo na utilização de tecnologias voltadas para o transporte. Além de ter sido a primeira capital brasileira a implantar um sistema de bilhetagem eletrônica, em 1997, Goiânia teve a primeira Central de Controle Operacional do Brasil com um Sistema Inteligente de Transporte, em 2009, o primeiro Serviço de Informação Metropolitano, em 2010, e a primeira Central de Segurança de Transportes com controle de imagens em tempo real dos terminais e dos ônibus, em parceria com órgãos estaduais de segurança pública.

Maurício mostrou que os investimentos em tecnologia são capazes de facilitar a utilização do serviço, criar novos canais de relacionamento com os clientes, minimizar os impactos de variáveis externas, como trânsito, acidentes, eventos e obras e influenciar políticas públicas em prol do transporte coletivo.

Outros assuntos debatidos por palestrantes de importantes instituições nacionais e internacionais foram os desafios e oportunidades do transporte urbano moderno, as tecnologias para os ônibus do futuro, a tecnologia como um investimento e não como um custo operacional, os modelos de concessão e financiamento de sistemas de tecnologia, os avanços e desafios da padronização dos sistemas inteligentes para o Transporte Público e o Projeto Europeu Viajeo+.

O evento foi encerrado na sexta-feira, 27, com uma visita técnica pelos sistemas de BRT-Expresso Tiradentes e Monotrilho de São Paulo.

CMTC inicia obras do Corredor de Ônibus da Av. T-7

24/02/2015 Categoria: Trânsito e Transporte

Na última segunda-feira, 23, a Prefeitura de Goiânia anunciou o início das obras do Corredor Preferencial de Ônibus T-7. A expectativa é que o projeto dê mais agilidade às 13 linhas de ônibus que passam pela avenida, beneficiando aproximadamente 103 mil pessoas que utilizam o serviço diariamente.

A previsão da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), responsável pelo projeto, é de que as obras sejam concluídas em 12 meses.

O Corredor T-7 terá 10,4 quilômetros de extensão e promoverá a requalificação da via, melhorando também a fluidez e segurança no trânsito de carros, ciclistas e pedestres. Com a obra, a avenida receberá nova pavimentação, abrigos de embarque e desembarque, sinalização vertical e horizontal, iluminação dos canteiros centrais, bancos metálicos e paraciclos. As calçadas, que ocupam uma extensão de 21 quilômetros, serão revitalizadas com conceito de sustentabilidade e rotas acessíveis.

A via também deve receber 8,1 quilômetros de trecho cicloviário, além de câmeras de monitoramento em tempo real e equipamentos de fiscalização eletrônica.

Para o diretor geral do Consórico Rmtc, Leomar Avelino, os investimentos em infraestrutura urbana por parte do poder público, com prioridade ao transporte coletivo, são essenciais para que haja melhorias efetivas na qualidade do serviço prestado à população. “Pela Av. T-7 passa, por exemplo, a linha 003, que é uma das maiores da RMTC e hoje tem sua qualidade seriamente afetada pelos diversos congestionamentos que se formam ao longo do trajeto. Com a implantação do Corredor, nossa expectativa é que haja uma redução no tempo de viagem, de modo que possamos operar com mais agilidade e pontualidade”, afirma.

A dona de casa Adriane Pereira Souza, 42 anos, utiliza a linha 003 todos os dias para chegar ao Terminal Maranata e aprova a criação do Corredor. “Como eu passo por aqui no horário de pico, estou até acostumada a ficar horas dentro do ônibus, parada nos congestionamentos. Acho que com o corredor os ônibus vão andar melhor e a gente vai conseguir chegar em casa mais rápido”.

Com informações da Secom/Prefeitura de Goiânia