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Viação Reunidas suspende temporariamente operação no transporte público de Goiânia
Prejuízos acumulados ao longo de quase 90 dias de operação com redução de passageiros transportados não deu outra alternativa à empresa.
Depois de quase 90 dias mantendo os serviços e operando com prejuízo, a Viação Reunidas (VR), uma das concessionárias do transporte coletivo de Goiânia e região metropolitana, suspende temporariamente sua operação. A empresa, sua diretoria e seus mais de 400 colaboradores, pararam neste sábado último, 13. Sem receber salários e vale alimentação ainda referentes ao mês de maio, na garagem da empresa, de mão dadas, rezaram para que uma solução seja encontrada o mais rápido possível para que cada um dos funcionários não perca seus empregos e suas famílias a segurança.
“A empresa é responsável, atua com profissionalismo, enxuta, com números transparentes, uma vez que é S/A (sociedade anônima) e publica seus balanços auditados regularmente, que, inclusive, estão à disposição da imprensa ou de quem desejar conhecer e analisar nossa realidade. Portanto, o problema existente não se trata de má de gestão, muito pelo contrário,” contextualiza Henrique Vinícius da Paz, diretor executivo da Viação Reunidas.
Esta situação já havia sido levantada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo e Passageiros de Goiânia e Região Metropolitana (SET), quando da determinação do Governo do Estado através do Decreto no 9.638, de 20 de março de 2020, que definia a circulação de apenas passageiros sentados. Sem crédito e sem pagar funcionários e fornecedores, a Viação Reunidas não viu outro caminho até haver uma análise favorável de crédito bancário já solicitado, ou um dos planos de recuperação do sistema em discussão com o poder público terem efetividade.
“Em virtude da drástica redução na demanda, que chegou em 80% após o primeiro decreto do Governo do Estado definindo a quarentena, as empresas perderam sua capacidade de pagamento, uma vez que a receita foi fortemente comprometida com a diminuição de passageiros e a determinação de somente transportar passageiros sentados. Com a reabertura parcial das atividades da cidade, esse índice se manteve baixo, em cerca de 30% a 40% do fluxo usual antes da pandemia. Esse é apenas um dos motivos que fizeram com que a Reunidas chegasse a esse momento crítico”, explica o presidente do SET, Adriano Rodrigues Oliveira.
O próprio Governo do Estado, através do Plano Emergencial proposto em 18 de maio, comprovou a real situação de dificuldade econômico-financeira das empresas através de auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE) e foi, inclusive, aprovado pelos demais órgãos de controle, bem como Ministério Público e Defensoria Pública. Todos os números apresentados pelas empresas e auditados pela CGE comprovaram a dificuldade delas darem andamento à prestação de serviço no modelo em que foi imposto. “Estávamos esperançosos com a Plano Emergencial do Governo do Estado. Do valor que o Estado de Goiás apontou de déficit de custeio operacional das empresas, R$ 23 milhões e meio, a parte destinada à Reunidas seria de 2 milhões e meio, referentes somente a março e abril, sem contar maio e parte de junho. Se esse recurso tivesse saído, não teríamos chegado neste momento,” avalia Henrique.
“A proposta feita pelo Estado de Goiás foi desenvolvida para dar uma resposta à população e fortalecer o transporte público coletivo. Infelizmente ainda não temos uma confirmação da viabilidade pela Justiça. Outros caminhos estão sendo buscados, mas sem a agilidade necessária para o socorro imediato. Esse trabalho do Governo reforça a visão, que tem de ser de todos, de que o Transporte Coletivo é um serviço público, essencial, e direito de todo cidadão e responsabilidade dos governos. Tudo que as empresas podem fazer, está sendo feito, mesmo que aos olhos do cidadão ainda não seja o suficiente,” conclui Oliveira.
O retrato da Viação Reunidas hoje, é, infelizmente, um espelho do que está acontecendo com o sistema. O risco de outras empresas entrarem em colapso é real.
A Viação Reunidas já comunicou à CMTC a suspensão do trabalho.
Continuidade do atendimento
A Viação Reunidas opera nas regiões oeste e noroeste. São transportados pela VR cerca de 1.120.000 passageiros por mês (em tempos normais, agora com a pandemia são cerca de 370 mil passageiros/mês), em 110 linhas na região que compreende os municípios de Goiânia, Trindade, Goianira, Abadia de Goiás, Guapó, Brazabrantes, Santo Antônio de Goiás e Nova Veneza. O que corresponde a mais 200 bairros atendidos.
Enquanto não há linha de crédito bancário aprovada ou uma solução vinda do poder público, responsável pelo transporte público coletivo e por oferecer à população o serviço essencial, a empresa espelho Rápido Araguaia irá assumir e executar os serviços da área atendida pela VR, sem deixar qualquer prejuízo para os passageiros que precisam do transporte para se deslocar.
Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo e Passageiros de Goiânia e Região Metropolitana (SET)
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Operação contra o coronavírus vai atender dez terminais de ônibus
CRISTIANE LIMA, para O Popular
O número de terminais de ônibus atendidos pela operação dos bombeiros para desinfecção dos espaços públicos passa a atender dez terminais. Além dos cinco terminais do Eixo Anhanguera, entram na lista os terminais das Bandeiras, Goiânia Viva, Isidória, Parque Oeste e Vera Cruz. Com isso, os militares esperam conseguir reduzir as possibilidades de contágio pelo novo coronavírus em Goiânia e região metropolitana.
O coordenador da operação é o tenente-coronel dos Bombeiros, Washington Luiz. Ele explica que o trabalho consiste em aplicar a solução de descontaminação, composta por hipoclorito diluído. “A solução é aplicada nos pátios, corrimões, guardar-corpo, pilastras, muretas e assentos. A intenção é reduzir, ao máximo, a possibilidade de contágio nestes espaços que não têm como serem fechados.”
As ações ocorrem nas segundas, quartas e sexta-feiras e não têm data para serem interrompidas. As atividades são realizadas no período noturno e com o aumento de terminais para serem desinfectados, mais equipes vão se revezar para o trabalho. Além dos dez terminais, as 19 plataformas de embarque e desembarque do Eixo Anhanguera também recebem a ação.
As equipes são divididas por setores e as pessoas são orientadas a não se aproximarem durante a aplicação dos produtos, o que pode levar de cinco a dez minutos. Depois, os profissionais orientam os coordenadores dos terminais a pedirem que os passageiros aguardem mais dez minutos antes da liberação do pátio.
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Goiânia decreta escalonamento de horários de trabalho para evitar aglomeração de passageiros
Regra é válida para comércio, indústria e serviços essenciais
JESSICA MARQUES, para o Diário do Transporte
A Prefeitura de Goiânia, em Goiás, decretou o escalonamento de horários de trabalho para evitar aglomeração de passageiros nos veículos do transporte coletivo, em terminais e pontos.
Assim, a partir desta quarta-feira, 20 de maio de 2020, passa a ser obrigatório o escalonamento de horários de funcionamento do comércio, indústria e serviços essenciais em Goiânia (aqueles que tem permissão para funcionar de acordo com o Decreto Estadual 9653, de 19/04/2020).
O Decreto Municipal 951 foi revisado nesta segunda-feira, 18, e muda o escalonamento de recomendação para determinação após pesquisa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Ciência e Tecnologia (Sedetec) apontar baixa adesão dos empresários.
De acordo com a Prefeitura, o objetivo da norma é minimizar aglomeração de usuários em terminais e em pontos de embarque e desembarque, em uma ação de combate à propagação da Covid-19.
“Ao assinar esse decreto, queremos evitar que Goiânia continue sendo alvo da propagação desse mal. Espero que a cidade inteira entenda que estamos mudando os horários de funcionamento das empresas justamente para preservar a vida da população. Colabore, ao sair de casa, não deixe de usar a máscara, evite aglomeração”, disse o prefeito Iris Rezende.
O documento foi redigido após negociação com várias entidades governamentais e classistas como Fecomércio, FIEG, Acieg, Codese e Sindilojas.
REGRAS
De acordo com a Prefeitura, serão doze faixas de horários e, além de estender o início de algumas atividades até 11h30, o decreto municipal ainda prevê que os fiscais da Central de Fiscalização Covid-19 terão autonomia para notificar, multar ou interditar estabelecimentos conforme as regras da Vigilância Sanitária. As multas começam em R$ 4,8 mil.
Conforme consta no documento, fica permitida a flexibilização dos horários de fechamento estabelecidos na legislação em vigor, sem a necessidade de autorização prévia ou de licença especial da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia, observadas as normas trabalhistas e relativas ao sossego público.
Além da obediência aos horários estabelecidos pelo novo Decreto, o comércio, indústria e os serviços autorizados a funcionar terão de obedecer os protocolos sanitários estabelecidos para a prevenção da contaminação pelo novo coronavírus, nos termos da legislação federal, estadual e municipal pertinente.
“Ficam estabelecidas medidas obrigatórias a serem adotadas pelas concessionárias de transporte público coletivo, como a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção facial nos terminais e no interior dos veículos do transporte público coletivo urbano no âmbito do Município de Goiânia, e do limite de capacidade de passageiros sentados. Há também normas de limpeza que terão de ser seguidas para o transporte coletivo”, informou a Prefeitura, em nota.
Confira como fica o horário de cada segmento:
6h
● Laboratórios de análises clínicas e clínicas de vacinação;
● Postos de combustíveis;
● Supermercados e mercearias;
● Hortifrutigranjeiros;
● Padarias e panificadoras;
● Empórios;
● Drogarias,6h30
● Estabelecimentos industriais de fornecimento de insumos/produtos essenciais à manutenção da saúde ou da vida humana e animal, tais como os que produzem medicamentos, materiais hospitalares, alimentos, produtos de higiene e limpeza, gás de cozinha e combustíveis;
● Empregados domésticos e diaristas, 6h30, 8h30 ou a partir das 10h30.
● Profissionais de limpeza e manutenção predial, ou 6h30, 8h30 ou a partir das 10h30.7h
● Oficinas mecânicas de veículos e motos;
● Autopeças e moto peças;
● Borracharias;
● Obras de construção civil;7h30
● Indústria de insumos para obras da construção civil;
● Indústria de extração mineral;8h30
● Oficinas mecânicas destinadas ao setor agropecuário;
● Lojas de insumos do setor agropecuário;
● Lojas de produtos veterinários destinados ao setor agropecuário;
● Empregados domésticos e diaristas, 6h30, 8h30 ou a partir das 10h30.
● Profissionais de limpeza e manutenção predial, ou 6h30, 8h30 ou a partir das 10h30.9h
● Farmácias de manipulação;
● Lojas de produtos agropecuários;
● Lojas de peças do setor agropecuário;
● Empresas de vistoria veicular;
● Serviços de internet;
● Distribuidoras de água;
● Distribuidoras e revendedoras de gás;9h30
Lojas de máquinas/implementos agropecuários;
● Depósitos de materiais de construção;
● Ferragistas e lojas de materiais elétricos/hidráulicos;
● Lojas de locação de máquinas/equipamentos para a construção civil; ● Lojas de pneus;
● Demais estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços não mencionados no Decreto, e prestadores de serviços ou similares, não mencionados no Decreto, e que estejam autorizados a funcionar por meio do sistema de entrega10h
● Óticas; ● Petshops;
● Cartórios extrajudiciais;
● E-commerces; ● Concessionárias de veículos e motos;10h30
● Lojas comerciais em sistema de entrega.
● Empregados domésticos e diaristas, 6h30, 8h30 ou a partir das 10h30.
● Profissionais de limpeza e manutenção predial, ou 6h30, 8h30 ou a partir das 10h30.11h
● Lavajatos;
● Salões de beleza e barbearias;
● Lavanderias;
● Empresas de desinsetização e controle de pragas urbanas;Após 11h30
● Consultórios médicos;
● Consultórios de psiquiatria e psicologia;
● Consultórios odontológicos;
● Escritórios de profissionais liberais.Estabelecimentos com funcionamento 24 horas
● Aos estabelecimentos autorizados a funcionar durante 24 (vinte e quatro) horas não se aplicam as determinações previstas neste artigo, sendo obrigatório que as trocas de turnos ocorram de maneira a não sobrecarregar o transporte público coletivo urbano no âmbito do Município de Goiânia.Horários normais de funcionamento
● Templos religiosos e congêneres;
● Jornais e emissoras de rádio e TV;
● Hospitais em geral;
● Clínicas e hospitais veterinários;
● Restaurantes e lanchonetes em postos de combustíveis situados às margens de rodovias;
● Empresas de energia elétrica, saneamento, telecomunicação;
● Empresas de segurança privada;
● Agências bancárias e agências lotéricas;● Feiras livres;
● Atividades de transporte;
● Indústrias que estejam produzindo equipamentos e insumos para auxílio no combate à pandemia da COVID-19;
● Cemitérios e serviços funerários; ● Call Centers (geral) e serviços de internet;
● Estabelecimentos de ensino privado;
● Hotelaria e congêneres e atividades de assistência social.
● Prestação de serviços vinculados a reparos emergenciais, como chaveiro, encanador e eletricista.Horários normais de funcionamento para “entrega”
● Restaurantes;
● Cafés;
● Lanchonetes;
● Bancas de jornais e revistasConfira aqui a íntegra do Decreto 1050, de 18 de maio de 2020 – Escalonamento Obrigatório
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Para prevenir a disseminação do coronavírus, os ônibus do transporte público coletivo de Goiânia e Região Metropolitana passam por higienização diariamente
DEBORA MORAES, para o Balanço Geral edição de sábado
A limpeza é realizada nas garagens das concessionárias e também nos terminais de integração, entre uma viagem e outra, por profissionais devidamente equipados e protegidos, que com muita atenção, higienizam todas as partes dos ônibus.
O trabalho é realizado em quatro etapas: desinfecção interna, lavagem externa, lavagem interna e o acabamento que garante a eliminação de possíveis bactérias. Ao encerrar o serviço, este é verificado para certificar que tudo está devidamente limpo.
A economia de água também é outra preocupação, por dia são reutilizados 100.000 litros, toda água suja passa um sistema de tratamento, menos de 20% da água utilizada é nova.
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Coronavírus: Londres assegura auxílio emergencial para o transporte público de 11,3 bilhões de reais
ALEXANDRE PELEGI, para o Diário do Transporte
A Transport for London (TfL), gerenciadora do sistema de transporte público de Londres, capital do Reino Unido, garantiu 1,6 bilhão de libras (cerca de R$ 11,3 bilhões) em um financiamento de emergência para manter os serviços de metrô e ônibus operando até setembro.
Como contrapartida, o prefeito Sadiq Khan garantirá a reativação completa do sistema metroviário o mais rápido possível. Além disso, a prefeitura concordou em aumentar as tarifas de ônibus e metrô em 1% acima da inflação.
Khan havia alertado o governo do Reino Unido, do primeiro ministro Boris Johnson, a fornecer apoio ou a TfL ficaria sem recursos para seguir operando o transporte na capital. A empresa estatal teve queda de 90% nas receitas nas oito semanas em que o país ficou paralisado.
Como mostrou o Diário do Transporte, o número de passageiros de ônibus caiu 85%. E os usuários não precisam mais pagar a tarifa, como parte das medidas para proteger os motoristas da contaminação da Covid-19. Relembre: Para proteger motoristas do transporte coletivo da Covid-19, Londres libera pagamento de tarifa de ônibus e determina entrada pela porta traseira
Dentre as medidas acordadas entre o prefeito e o Primeiro-Ministro, está uma revisão de longo prazo das finanças do TfL. Do total acordado, 500 milhões de libras referem-se a um empréstimo com o Departamento de Transportes.
A prefeitura afirma que governo do Reino Unido tardou em apoiar o TfL para lidar com o Covid-19, como aconteceu com todos os outros operadores de trens e ônibus do país.
O prefeito alega que foi forçado a fazer o acordo. Por lei, a TfL é obrigada a equilibrar suas contas. Neste caso, teria de reduzir serviços, justamente quando os trabalhadores passarão a usar mais o transporte público, devido à flexibilização do confinamento.
As tarifas do transporte da capital serão reajustadas em janeiro. E enquanto durar o auxílio emergencial, o governo do Reino Unido assumirá parcialmente o controle da TfL.
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