• Demanda do segundo dia de retorno das atividades

    16/07/2020 Categoria: Esclarecimentos

    Segue abaixo, demanda de passageiros na Rede Metropolitana de Transporte Público no dia 15 de julho de 2020.

    Comparando com março, antes da pandemia, o fluxo de passageiros era de 521.630, e ontem 179.520, uma queda de 66% na demanda de usuários. Ou seja, a demanda atual é apenas 34% da demanda antes da pandemia.

    Estes números demonstram que o retorno no fluxo de passageiros no sistema de transporte público não foi e talvez não será automático como foi divulgado ontem.

    RedeMob Consórcio

  • RedeMob Consórcio propõe interdição de terminais

    08/07/2020 Categoria: Esclarecimentos

    Para conter aglomeração, fechamento temporário e parcial pode ser alternativa

    Os terminais de integração significaram um grande avanço quando começaram a serem implantados há mais de 40 anos. Eles são a base do nosso sistema integrado de transporte público coletivo, adotando o conceito do modelo operacional denominado de tronco alimentador.

    As linhas saem dos bairros periféricos, passam pelos terminais para integrar toda rede de transportes que conta com 286 linhas em funcionamento, atendendo a 18 municípios da Região Metropolitana de Goiânia. Esses espaços são, como uma espécie de hub para integrar, conectar e distribuir as pessoas que se deslocam aos mais variados locais de origem e destino nas cidades.

    Mesmo com o investimento das empresas consorciadas ao RedeMob Consórcio na higienização dos terminais, dos ônibus e nas ações preventivas junto de seus funcionários, é absolutamente natural que esses equipamentos que foram implantados com a função de fazer a concentração de pessoas vindas dos mais diversos bairros com destino as mais diversas direções, contribuam negativamente para o isolamento social.

    Apesar da redução da demanda de passageiros em mais de 70% na RMTC desde que foram decretados a determinação de isolamento social, a redução da demanda nos horários de pico (6h30 às 7h30 e 17h às 18h30) não foram significativos, pois essa redução ocorreu principalmente nos denominados períodos de vale da demanda, ou seja, horários de entre pico, período noturno e finais de semana.

    Nem o escalonamento de horários determinado pela Prefeitura de Goiânia surtiu o efeito necessário e desejado pelas autoridades. Nos horários de pico, especialmente nos terminais de integração que são os locais de conexão das linhas que compõem a RMTC, ainda permanecem com aglomeração de pessoas. Este fenômeno pode ser melhor compreendido em razão de que a maioria das pessoas que continuam a utilizar o transporte públicos neste horário são trabalhadores do mercado informal e trabalhadores domésticos, não sujeitos a regulamentação pública.

    Portanto, é preciso avaliar um novo caminho. O RedeMob Consórcio sugere que os terminais sejam interditados temporariamente para impedir a aglomeração de pessoas e ajudar na contenção da disseminação da Covid-19. Neste propósito, esta medida precisa ser discutida com as autoridades públicas e especialistas a fim de ser autorizada pela CMTC, responsável pela gestão do transporte público coletivo, para que seja implantada de acordo com a sugestão do projeto apresentado abaixo.

    “Nós temos visto restrições de acessos das pessoas em supermercados, nas farmácias, hotéis, restaurantes, clinicas de vacinação, laboratórios… Temos presenciado as igrejas fechadas, obras paradas, enfim, um lockdown de 14 dias no Estado de Goiás, mas os terminais de ônibus continuam funcionando com elevada concentração de pessoas. Diante de tudo isso, acreditamos que se faz necessário interditar temporariamente e imediatamente os terminais de ônibus da grande Goiânia, uma medida essencial para combater o coronavírus. Toda alteração pode trazer algum efeito colateral até que ocorra a adaptação ao novo. Mas, nada, nada mesmo se compara à saúde pública e a vida das pessoas em um momento tão contubarbado de pandemia”, avalia Leomar Avelino, diretor executivo do RedeMob Consórcio.

    Porque há aglomeração nos terminais?

    Os terminais de integração são equipamentos públicos destinados à conexão de linhas e  baldeação de pessoas, assim como acontece com outros espécies de HUB’s de passageiros, a exemplo dos aeroportos ou estações de metrô. Por sua característica, aglomera pessoas, essa é sua essência.

    Mas há diferenças importantes entre eles. Os transportes aéreo e metroferroviário continuamente possuem infraestrutura que possibilita o tráfego livre, o que lhes garante regularidade e pontualidade, portanto, gerando maiores possibilidades de programação operacional que evita a aglomeração de pessoas na mesma faixa horária; de outro, o transporte público coletivo em Goiânia, não possui nenhuma prioridade na circulação dos ônibus em meio ao tráfego geral e ainda conta com  uma infraestrutura pública muito antiga, na média com mais de 20 anos sem investimentos, como é o caso dos terminais, inclusive com muitos destes implantados em espaços totalmente restritos que impede a circulação de pessoas e ônibus com o mínimo de conforto. Veja exemplo do terminal da Praça “A”, implantado a mais de 40 anos  em  antiga rotatória da capital, portanto, com os espaços físicos limitados e inadequados diante da conjuntura atual de pandemia.

    “Tanto nos aeroportos e estações metroferroviárias, quanto nos terminais de ônibus, sempre existirá aglomerações de pessoas. Por quê? A resposta é muito simples: os terminais, estações e aeroportos foram criados e implantados com a finalidade de aglomerar as pessoas e permitirem seus transbordos rumo aos diversos destinos nas cidades”, explica o diretor executivo do RedeMob Consórcio.

    É praticamente consenso entre os técnicos e especialistas em transporte público de passageiros, o pensamento de que é humanamente impossível, em qualquer região metropolitana no planeta, com uma rede de quase 300 linhas plenamente integrada por meio de terminais, como é o caso da grande Goiânia, não ocorrer concentração de pessoas nos terminais de integração. “Em momentos de situações extraordinárias de pandemia como a do Covid-19, este modelo operacional de transporte necessita ser repensado, sentencia Leomar Avelino.

    De outro lado, a proposta de desativação dos terminais, mesmo que parcialmente, não deve ser compreendida como medida para redução dos investimentos no transporte coletivo, pois ao contrário, mais do que nunca, sabemos que os investimentos públicos para um transporte de qualidade são essenciais para assegurar uma mobilidade urbana universal e inclusiva, não se limitando a investimentos de infraestrutura que beneficia quase que exclusivamente o transporte individual, além de não atenderem a população mais vulnerável do ponto de vista social, que mora na periferia da RMG.

    O nosso modelo de transporte

    O modelo tronco alimentado foi implantado há cerca de 50 anos. As linhas maiores chamadas de eixo (tronco) operam nos principais corredores com maior demanda de passageiros, a qual advém das linhas menores denominadas alimentadoras. A maior demanda das linhas de eixo tem como origem ou destino os terminais de integração, a exemplo do que ocorre com o Eixo Anhanguera.

    A Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC) na grande Goiânia, possui 286 linhas de ônibus. Destas, 178 linhas, ou seja, 62% são linhas que fazem algum tipo de alimentação e integram nos terminais, promovendo o embarque e desembarque, diariamente, de cerca de 163 mil pessoas em tempos de pandemia do coronavírus. Em tempos normais, esse número pode chegar a mais de 460 mil pessoas.

    Leomar Avelino explica que os terminais de Goiânia e região metropolitana já tiveram seus áureos tempos, mas que agora estão defasados. “Quase todos os 21 terminais da grande Goiânia, em especial aqueles situados no Eixo Anhanguera, sem reforma há 23 anos, encontram-se saturados e inadequados para operação de transportes, e as aglomerações acontecem com muita facilidade, bastando três ônibus chegarem e desembarcarem os passageiros ao mesmo tempo para reunir até  100 pessoas, sendo que nos pequenos e estreitos espaço das plataformas de embarque e desembarque nos terminais se transforme em uma grande aglomeração de gente. 

    A proposta

    Ação a curto prazo:

    • Interditar / fechar temporariamente os terminais de integração da RMTC.

      Operação do serviço:
    • Criar linhas diretas dos bairros mais populosos (origem) para os locais com maior demanda (destino). Isto encurtará o tempo de viagem do usuário, pois o tempo com a integração e trasbordo nos terminais será eliminado. O usuário ficará menos tempo dentro do ônibus e chegará mais rápido ao seu destino.
    • Concentrar a oferta de viagens nas linhas de eixo com maior demanda. Isto vai diminuir o tempo de espera nos pontos dos corredores de transporte e a quantidade de pessoas dentro dos ônibus.
    • Transferir parte da oferta de viagens das linhas alimentadoras de bairros menos populosos para as linhas de Eixo. Efeito colateral: O usuário terá que programar suas viagens pelo aplicativo SimRmtc, para que fique menos tempo esperando no ponto de embarque.
    • Realizar algumas alterações na rede, se necessário, mediante aglutinação, alteração, exclusão e/ou criação de novas linhas.

      Período da interdição:
    • Enquanto durar as ações governamentais de intervenção social e combate ao coronavírus. Vale lembrar que o foco é salvar vidas.

      Ordem de implantação:
      1. Interditam-se os terminais com menor demanda;

      2. Interditam-se os terminais com maior demanda;

      3. Gradativamente, os usuários vão sendo orientados, assimilam as mudanças e o novo modelo de operação do serviço.

      Período para implantação:
    • De 11 a 23 de julho de 2020.

  • Setor de transportes demitiu 56 mil trabalhadores entre março e maio deste ano

    04/07/2020 Categoria: Esclarecimentos

    Ônibus no ABC. Somente em Santo André, de acordo com os profissionais do setor, empresas urbanas mandaram mais de 80 pessoas embora.

    Dado é da CNT – Confederação Nacional do Transporte. Segmento rodoviário de passageiros foi o que mais cortou trabalhadores: 12 mil demissões somente em maio

    ADAMO BAZANI, para o Diário do Transporte

    O setor de transporte no Brasil fechou 56.117 vagas de trabalho com carteira assinada entre março e maio por causa da pandemia da Covid-19 que teve origem na China e, em poucos meses, se alastrou pelo mundo.

    O dado faz parte de um levantamento da CNT – Confederação Nacional do Transporte com base no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério da Economia, divulgado na sexta-feira, 03 de julho de 2020.

    O número de três meses de Covid-19 equivale a quase todas as demissões registradas ao longo dos 12 meses de 2015, ano de recessão econômica brasileira, quando foram demitidos 60.541 trabalhadores. Além disso, todas as 41.212 contratações entre os anos 2018 e 2019, com a recuperação gradual da economia, foram perdidas.

    Somente em maio, foram 20.852 demissões de profissionais com carteira assinada nos segmentos de transportes.

    Mais da metade destes cortes de empregos ocorreu no setor rodoviário de passageiros que, apesar da designação, na metodologia da CNT envolve ônibus rodoviários, ônibus e trólebus urbanos, ônibus e trólebus metropolitanos, ônibus de fretamento, micro-ônibus, mini-ônibus, vans e carros.

    Em maio, o segmento de passageiros rodoviários demitiu 12.342 (59,2%) pessoas com carteira assinada. Em seguida, aparece o transporte rodoviário de cargas, com 7.955 (38,1%) vagas fechadas.

    Segundo a CNT, em nota, “em parte, a quantidade de demissões poderia ter sido ainda maior caso não fosse disponibilizada pelo governo às empresas a alternativa de suspender temporariamente os contratos de trabalho ou de recorrer à redução temporária proporcional de jornada e salários, por meio da Medida Provisória (MP) 936.”

    EXPECTATIVA NEGATIVA:

    A CNT também divulgou as perspectivas do setor de transportes que não são nada animadoras para trabalhadores e empresários.

    “Não se pode descartar, contudo, um cenário de novas demissões nos próximos meses, dadas as dificuldades financeiras que vêm sendo apontadas por um grande número de empresas do setor em pesquisas realizadas pela Confederação Nacional do Transporte”

  • Mesmo em dificuldades, empresas assumem gestão e manutenção dos terminais

    19/06/2020 Categoria: Esclarecimentos

    Objetivo é preservar o atendimento  dos usuários e garantir o serviço que é essencial e direito de todo cidadão, bem como vão absorver grande parte dos profissionais que terão que ser demitidos

    O Conselho de Administração do RedeMob Consórcio composto pelas empresas concessionárias do sistema de transporte público de Goiânia e Região Metropolitana, decidiu em reunião na noite desta quarta-feira, 17, fazer a devolução dos terminais do sistema para as empresas. A ação foi motivada pela grave perda de receita, uma vez que o Consórcio é uma entidade privada sem fins lucrativos, financiado por parte do faturamento das cinco empresas operadoras.

    Os terminais serão, a partir de 1º  de julho de 2020, geridos pela Cootego, HP Transportes, Rápido Araguaia, Viação Reunidas e Metrobus.

    Todo custeio com monitoramento dos terminais de integração, estação de embarques e pontos de apoio, por meio de câmeras integradas na CCO – Central de Controle Operacional e na Secretária de Segurança Pública, como forma da preservação de sinergia entre os processos de operação de transportes e segurança pública, permanece sob a responsabilidade do RedeMob Consórcio.

    Caberá à Metrobus administrar, operar, fazer a manutenção, conservação, limpeza e segurança patrimonial dos seguintes terminais de integração e estações da RMTC:

    1 – Terminal Padre Pelágio
    2 – Terminal Dergo
    3 – Terminal Praça A
    4 – Terminal Bíblia
    5 – Terminal Novo Mundo
    6 – Terminal Trindade
    7 – Terminal Goianira
    8 – 19 Estações Eixo Anhanguera

    Caberá à Cootego, HP Transportes, Rápido Araguaia, Viação Reunidas, fazerem a administração, operação, manutenção, conservação, limpeza, segurança patrimonial e exploração comercial dos seguintes terminais de integração da RMTC e pontos de apoio operacionais:

    1 – Terminal Cruzeiro
    2 – Terminal Vila Brasília
    3 – Terminal Araguaia
    4 – Terminal Garavelo
    5 – Terminal Maranata
    6 – Terminal Bandeiras
    7 – Terminal Parque Oeste
    8 – Terminal Goiânia Viva
    9 – Terminal Vera Cruz
    10 – Terminal Recanto do Bosque
    11 – Terminal Isidória
    12 – Terminal Nerópolis
    13 – Terminal Senador Canedo
    14 – Terminal Veiga Jardim

    1 – PA Jardim Guanabara I
    2 – PA Estacionamento – Campus
    3 – PA Vale dos Sonhos
    4 – PA Aruanã II
    5 – PA Campus
    6 – PA Praça da Bíblia / Universitário
    7 – PA Parque Atheneu (Sala)
    8 – PA Parque Atheneu (Estacionamento)
    9 – PA Parque Trindade
    10 – PA Morada Nova
    11 – PA Conjunto Vera Cruz
    12 – PA Dergo
    13 – PA Curitiba

    Segundo o diretor executivo do RedeMob Consórcio, essa decisão é fundamental para que o consórcio continue funcionando. “O consórcio, assim como as empresas, está enfrentando um momento muito difícil. Estamos passando pelo mesmo processo das concessionárias do serviço, com a queda de cerca de 70% na receita. Fizemos o dever de casa, enxugamos despesas, reduzimos jornadas e salário dos colaboradores, tivemos que fazer demissões, rescindimos, renegociamos e postergamos contratos com fornecedores, etc, mas ainda assim não foi o suficiente para promover o equilíbrio. E como um dos processos que mais consomem recursos no consórcio é a gestão de terminais, a solução foi retirar esse processo da nossa responsabilidade e devolvê-lo para as empresas”, explica Leomar Avelino Rodrigues.

    Mesmo com sérias dificuldades e amargando um desequilíbrio econômico-financeiro gravíssimo nos últimos 90 dias, uma situação de risco que atinge todo o sistema, as concessionárias do serviço saíram em socorro ao consórcio. As empresas se comprometem a cumprir com todo o escopo de trabalho antes desenvolvido pelo RedeMob. “Mesmo com todas as dificuldades, é menos oneroso que as concessionárias assumam a gestão dos terminais em relação ao repasse de contrapartida da receita mensal ao Consórcio. Nossa responsabilidade de manter toda frota contratada pelo poder público operando, bem como a gestão e manutenção dos terminais, é grande, principalmente com o passageiro, que é o que mais precisa da manutenção do serviço, mas não haverá qualquer prejuízo para o usuário. Mas continuamos aguardando uma solução por parte do poder público para socorrer não as empresas, mas o transportes público coletivo da capital,” detalha Adriano Oliveira, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET), lembrando que o Transporte Público é um serviço essencial que deve ser garantido ao cidadão pelo Poder Público.

    Demissões

    271 profissionais do RedeMob Consórcio trabalham diariamente em todos os terminais da região metropolitana de Goiânia. O que mais aflige o RedeMob Consórcio, nesse momento, é a recolocação de 130 profissionais que hoje prestam serviço nos terminais da Metrobus. Os outros 141 que atuam nas outras regiões de atendimento já serão absorvidos pela Cootego, HP Transportes, Rápido Araguaia e Viação Reunidas. “Já conversamos com as empresas privadas e elas estão em processo de assunção dos profissionais, lamentamos muito que o regime jurídico da Metrobus não permita que ela absorva esses 130 profissionais que terão que ser demitidos,” reflete Leomar Avelino.

  • Viação Reunidas volta a operar parcialmente

    17/06/2020 Categoria: Esclarecimentos

    A Viação Reunidas (VR) volta a operar parcialmente hoje, 17/06, na expectativa de retomar brevemente toda a operação. A empresa conseguiu recursos através de operação de crédito e já efetuou o pagamento do ticket alimentação dos colaboradores e estruturou um cronograma para o pagamento parcelado da folha de maio. Metade do salário será pago até a próxima segunda-feira e a outra metade na semana seguinte. A notícia foi bem aceita por todos os funcionários, que sinalizaram acreditar na empresa e concordaram em voltar ao trabalho mesmo sem a quitação total da folha.

    Em nenhum momento dessa interrupção momentânea os passageiros ficaram sem o atendimento. A empresa espelho Rápido Araguaia assumiu e realiza os serviços da área atendida pela VR, sem deixar qualquer prejuízo para os passageiros que precisam do transporte para se deslocar.

    Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo e Passageiros de Goiânia e Região Metropolitana (SET)

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