• Empresas de ônibus de Curitiba devem oferecer transporte sob demanda por aplicativo

    15/03/2019 Categoria: Artigos

    Conhecida por muito tempo por ter serviços de ônibus tidos como referência, a cidade de Curitiba está repensando a forma de prestar serviços aos passageiros.

    Por ora, na gestão de Rafael Greca, um sistema de metrô pesado está descartado, mas somente os ônibus não têm sido suficientes para fazer com que as pessoas deixem o carro em casa. Pior, além de não atrair novos passageiros, o sistema de ônibus está perdendo parte dos atuais usuários.

    Um dos caminhos estudados pelas viações para reverter o quadro do transporte atual de Curitiba é oferecer serviços por demanda, estilo Uber, mas de forma coletiva. Exemplos já estão aparecendo no Brasil, como em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, e em Goiânia.

    O empresário e presidente do Setransp, entidade que reúne as companhias de ônibus, Maurício Gulin, disse em entrevista ao Diário do Transporte na manhã desta quarta-feira, 13 de março de 2019, que os serviços sob demanda estão entre as prioridades e que na próxima semana, viaja para conhecer o aplicativo de Goiânia, que é operado por viações.

    “Esse é o carro chefe que estamos pensando agora. Tem o exemplo de Goiânia. Conversei bastante com eles e provavelmente estarei lá para discutir com implantaram e como estão as operações. Tudo o que é bom tem de ser copiado, para aprimorarmos para a realidade de Curitiba. Essa visão de Goiânia nos serve como exemplo, aplicarmos uma solução semelhante, mas para nosso tipo de operação”, disse Maurício Gulin.

    Conforme já noticiado pelo Diário do Transporte, o CityBus 2.0, de Goiânia, é um aplicativo que vai permitir que os passageiros chamem uma van com capacidade para até 14 pessoas, para realizar o trajeto que pretendem percorrer em menos tempo e por um valor mais baixo do que seria cobrado em um serviço prestado por automóvel.

    ADAMO BAZANI/JESSICA MARQUES

  • Impacto na redução do preço do óleo diesel X Tarifa

    08/06/2018 Categoria: Artigos

    Nota à imprensa

    Esta nota tem por objetivo dar transparência e esclarecer sobre os impactos da recente diminuição de R$ 0,46 no preço do óleo diesel na tarifa do transporte público coletivo na Região Metropolitana de Goiânia.

    Esclarecemos que a tarifa vigente (R$ 4,00) foi calculada, conforme estabelecido no contrato de concessão, considerando o preço médio do óleo diesel, em outubro de 2017, no valor de R$ 2,875 (trata-se do preço público do litro do diesel de referência para cálculo da variação dos custos com combustível, fornecido pela Agência Nacional do Petróleo – ANP, disponíveis no site www.anp.gov.br, sem desoneração do ICMS).

    Contudo, de outubro de 2017 a maio de 2018, o valor do óleo diesel aumentou muito, R$ 0,70, alcançando o preço de R$ 3,58 no mês de maio (trata-se do preço público do litro do diesel de referência para cálculo da variação dos custos com combustível, fornecido pela Agência Nacional do Petróleo – ANP, disponíveis no site www.anp.gov.br, sem desoneração do ICMS).

    Com a recente redução de R$ 0,46, o preço público do litro do diesel de referência para cálculo da variação dos custos com combustível passa a ser de R$ 3,12, portanto R$ 0,24 maior do que o preço do diesel de referência para cálculo da variação dos custos com combustível da tarifa atual (demonstração no gráfico seguinte):

    Portanto, a recente redução do preço do diesel não pode contribuir para diminuição do valor da atual tarifa do transporte público coletivo na Região Metropolitana de Goiânia.

  • Colaboração de todos garante terminais mais limpos

    29/05/2018 Categoria: Artigos

    Todos os ônibus e terminais que integram a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo passam diariamente por um processo de limpeza que, além de auxiliar na conservação, garante o bem estar e preserva a saúde dos clientes e profissionais que trabalham da Rede de Transporte Público Coletivo.

    Além do empenho das equipes para manutenção da limpeza dos terminais, todos podem contribuir com a conservação destes ambientes. Medidas simples podem ajudar a manter um ambiente mais confortável para todos que necessitam do transporte público coletivo.

    Não jogue lixo no chão dos terminais. Reserve-o para descartá-lo assim que encontrar a próxima lixeira; Ajude a preservar a limpeza dos banheiros para que o próximo a utilizar possa usufruir de um ambiente limpo. Não deprede ou arranque as placas de informação espalhadas pelos terminais. Elas são colocadas para passar informações relevantes sobre a operação do serviço; Lembre-se de que depredação ao bem público é crime.

    É dever do usuário preservar o patrimônio de uso coletivo. Com a colaboração de todos, é possível melhorar cada vez mais a qualidade do serviço nos terminais de integração.

  • Alta no preço do óleo diesel pode impactar no aumento da tarifa de ônibus

    23/05/2018 Categoria: Artigos

    Com um reajuste médio de 11% de janeiro a maio deste ano, onze vezes acima do valor da inflação do mesmo período, os aumentos reiterados do preço do óleo diesel podem acarretar o reajuste do valor da tarifa de transporte público coletivo em todo Brasil, incluindo a Região Metropolitana de Goiânia.

    Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), esses reajustes no preço do diesel irão promover um aumento emergencial nas passagens de ônibus urbanos, já que o diesel é um dos principais insumos na execução do serviço.

    O aumento contínuo do óleo diesel, atualmente, já elevaria o valor da tarifa de R$ 4,00 para R$ 4,30 na Região Metropolitana de Goiânia. Estimativas apontam que até o final deste ano, persistindo a política de reajustes do valor do diesel, somente isto implicaria em uma tarifa de R$ 4,40 na grande Goiânia. Esperamos que haja mudanças significativas nas políticas públicas relacionadas ao diesel e que tragam uma realidade muito diferente da atual e vislumbrada para o restante de 2018.

    Para a NTU, uma possível solução para evitar o aumento no preço das passagens seria um tratamento diferenciado na política de preços de reajustes de combustíveis, já que empresas do serviço de transporte público não têm como arcar com esses custos diante do cenário de crise que o país enfrenta.

  • Empresas de ônibus dizem que acumularam prejuízos de R$ 1 bilhão neste ano por causa do aumento de 11% no diesel entre janeiro e maio

    21/05/2018 Categoria: Artigos

    Viações querem tratamento diferenciado para o peço do combustível usado para o transporte público e falam em colapso

    ADAMO BAZANI

    A NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, que reúne em torno de 500 empresas de ônibus em todo o País, divulgou nesta sexta-feira, 18 de maio de 2018, nota dizendo que entre janeiro e meados de maio deste ano já acumula perdas de em torno de R$ 1 bilhão por causa dos aumentos consecutivos do preço do óleo diesel.

    Segundo a entidade, com base em dados da própria Petrobrás, o combustível teve aumento médio de 11% de janeiro a maio deste ano, onze vezes acima da inflação do período.

    A representação dos empresários já pediu um encontro com membros da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda para sugerir um regime de preços diferenciado para o diesel dos ônibus, já que o transporte coletivo é um direito social e aumentos emergenciais de tarifas ou redução dos serviços por causa dos custos maiores de operação podem interferir diretamente na população em geral, especialmente entre as pessoas de menor renda.

    O presidente executivo da NTU, Otávio Cunha, disse na nota que as empresas de ônibus já estão com dificuldades para comprar óleo diesel, cujo impacto, em média no País, é de 23% dos custos do setor, ficando atrás apenas de mão-de-obra, que representa em torno de 40% dos gastos das viações.

    O dirigente disse ainda que uma das grandes dificuldades é que, diferentemente de outros setores, que podem repassar os preços aos consumidores, mesmo que parcialmente, toda a vez que há aumento dos custos, as viações trabalham com tarifas reguladas que só podem ser reajustadas uma vez por ano, na maior parte dos sistemas brasileiros.

    “Somos um setor regulado, com reajustes anuais nos contratos, e agora, temos que arcar com os custos desses aumentos, que têm sido diários” – disse Octávio Cunha.

    Ainda com base nos dados da Petrobrás, a NTU argumenta que nos últimos 45 dias, de 4 de abril a 18 de maio, houve reajuste de 25,42% do diesel nas refinarias, o que ainda deve ser sentido pelas viações e não está contabilizado neste aumento acumulado de 11% desde janeiro.

    Octávio Cunha ainda disse que um terço das empresas de ônibus do País está endividado e que a política de preços atual do diesel pode agravar a situação.

    “As empresas não têm como arcar com esses custos, diante do cenário de crise que país enfrenta e do alto índice de endividamento do setor de ônibus urbano. Pesquisa realizada com as empresas de ônibus urbano, revela que 33% das 1.800 empresas do setor estão endividadas.”

    O dirigente disse também que, além dos aumentos do diesel, o setor enfrenta outros problemas mais antigos que se agravaram nos últimos anos, como falta de prioridade ao transporte coletivo nos investimentos e no espaço urbano, perda de eficiência e diminuição no número de passageiros pagantes.

    “A tragédia anunciada não poupou as empresas, muito menos os passageiros. Ao contrário, o cidadão que depende do transporte coletivo para os deslocamentos diários passou a ser duplamente penalizado pela política equivocada do governo federal, que incentiva a propriedade e o uso de automóveis, provocando o crescimento vertiginoso dos congestionamentos urbanos. O resultado dessa perda de produtividade dos ônibus representa acréscimo de até 25% no preço das passagens. Este é o pior dos mundos para o sistema de transporte público do Brasil. É o passageiro tendo que arcar com custos altos e ainda conviver com deslocamentos precários, sem conforto e sem garantias de chegar aos compromissos em tempo hábil.”

    Cuinha ainda disse que a perda de passageiros, semente entre 2014 e 2017, foi de 20% em média no País.

    “O atual retrato do transporte coletivo forjou-se nas últimas décadas. Desde meados dos anos 1990 o setor vem perdendo qualidade e desempenho, resultado do incentivo ao transporte individual. Nos últimos anos a situação se agravou, com sucessivas perdas de demanda – da ordem de 20% no período de 2014 a 2017 – e o endividamento severo de mais de 30% das empresas, sendo que dez por cento delas já fecharam as portas, entre 2014 e 2016.”

    Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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