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Sustentabilidade, mobilidade e sensatez
Artigo veiculado no site da NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos
É consenso: sustentabilidade é tema prioritário! O homo sapiens surgiu há mais de 100 mil anos e nos últimos 50 anos está conseguindo esgotar o planeta em busca de hábitos levianos de consumo e ocupação da terra. A maioria dos países buscam padrões de vida americanos sem se preocupar com o fato de que, se este objetivo de consumo for atingido, o planeta sucumbe.
A concentração nas áreas urbanas possibilita grandes avanços pela organização social e sinergia produtiva dos cidadãos, ao mesmo tempo que desafia urbanistas a encontrar propostas de cidades viáveis a longo prazo com nossa escassa capacidade de investimento.
Precisamos rever costumes, realizar a cada dia mais de nossas atividades com menos recursos e menos poluição. O compartilhamento é uma das chaves dessa eficiência!
A mobilidade é essencial às cidades. Circular é a garantia de que tudo aconteça. Trabalho, estudo, lazer, comércio, etc, e o transporte coletivo é uma maneira compartilhada e sustentável de se locomover. Além de substituir muitos automóveis, 35 ônibus com tecnologia atual poluem o mesmo que 1 único ônibus do início dos anos 90!
Imagine duas quadras entupidas com 100 automóveis quase parados e emitindo poluição! Agora substitua por 2 ônibus: pista livre e fluida, muito menos poluição, espaço para circularem outros veículos automotores indispensáveis e para ciclofaixas e pedestres circularem com segurança. Imagem de uma cidade mais moderna, justa e sustentável!
Mobilidade é um conceito fundado no cidadão, não no veículo. Segundo a Lei Federal da Mobilidade (12.587, 3/1/12), a prioridade é do não motorizado e do coletivo em relação ao individual. Pela sustentabilidade e justiça cidadã, minha visão particular é que toda ação coletiva é prioritária!
Passaremos por ajustes duros, com mudança de hábitos e revisão de conceitos. Muitas das realidades inevitáveis contrariam nossos velhos hábitos e muitos choques ocorrerão. Enquanto a gente se adapta, bom senso é imprescindível! Precisaremos ceder em alguns desejos e hábitos incompatíveis com essa nova era e alguns precisarão se engajar na defesa das mudanças, mas sempre com razoabilidade e tolerância. Guerrear ou dividir a população em dois polos adversários não ajuda, pois todos precisamos das mesmas soluções e só com harmonia chegaremos a elas.
Dimas Barreira – Presidente do Sindiônibus
http://www.ntu.org.br/novo/NoticiaCompleta.aspx?idArea=10&idSegundoNivel=106&idNoticia=580
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