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Mesmo em dificuldades, empresas assumem gestão e manutenção dos terminais
Objetivo é preservar o atendimento dos usuários e garantir o serviço que é essencial e direito de todo cidadão, bem como vão absorver grande parte dos profissionais que terão que ser demitidos
O Conselho de Administração do RedeMob Consórcio composto pelas empresas concessionárias do sistema de transporte público de Goiânia e Região Metropolitana, decidiu em reunião na noite desta quarta-feira, 17, fazer a devolução dos terminais do sistema para as empresas. A ação foi motivada pela grave perda de receita, uma vez que o Consórcio é uma entidade privada sem fins lucrativos, financiado por parte do faturamento das cinco empresas operadoras.
Os terminais serão, a partir de 1º de julho de 2020, geridos pela Cootego, HP Transportes, Rápido Araguaia, Viação Reunidas e Metrobus.
Todo custeio com monitoramento dos terminais de integração, estação de embarques e pontos de apoio, por meio de câmeras integradas na CCO – Central de Controle Operacional e na Secretária de Segurança Pública, como forma da preservação de sinergia entre os processos de operação de transportes e segurança pública, permanece sob a responsabilidade do RedeMob Consórcio.
Caberá à Metrobus administrar, operar, fazer a manutenção, conservação, limpeza e segurança patrimonial dos seguintes terminais de integração e estações da RMTC:
1 – Terminal Padre Pelágio
2 – Terminal Dergo
3 – Terminal Praça A
4 – Terminal Bíblia
5 – Terminal Novo Mundo
6 – Terminal Trindade
7 – Terminal Goianira
8 – 19 Estações Eixo AnhangueraCaberá à Cootego, HP Transportes, Rápido Araguaia, Viação Reunidas, fazerem a administração, operação, manutenção, conservação, limpeza, segurança patrimonial e exploração comercial dos seguintes terminais de integração da RMTC e pontos de apoio operacionais:
1 – Terminal Cruzeiro
2 – Terminal Vila Brasília
3 – Terminal Araguaia
4 – Terminal Garavelo
5 – Terminal Maranata
6 – Terminal Bandeiras
7 – Terminal Parque Oeste
8 – Terminal Goiânia Viva
9 – Terminal Vera Cruz
10 – Terminal Recanto do Bosque
11 – Terminal Isidória
12 – Terminal Nerópolis
13 – Terminal Senador Canedo
14 – Terminal Veiga Jardim1 – PA Jardim Guanabara I
2 – PA Estacionamento – Campus
3 – PA Vale dos Sonhos
4 – PA Aruanã II
5 – PA Campus
6 – PA Praça da Bíblia / Universitário
7 – PA Parque Atheneu (Sala)
8 – PA Parque Atheneu (Estacionamento)
9 – PA Parque Trindade
10 – PA Morada Nova
11 – PA Conjunto Vera Cruz
12 – PA Dergo
13 – PA CuritibaSegundo o diretor executivo do RedeMob Consórcio, essa decisão é fundamental para que o consórcio continue funcionando. “O consórcio, assim como as empresas, está enfrentando um momento muito difícil. Estamos passando pelo mesmo processo das concessionárias do serviço, com a queda de cerca de 70% na receita. Fizemos o dever de casa, enxugamos despesas, reduzimos jornadas e salário dos colaboradores, tivemos que fazer demissões, rescindimos, renegociamos e postergamos contratos com fornecedores, etc, mas ainda assim não foi o suficiente para promover o equilíbrio. E como um dos processos que mais consomem recursos no consórcio é a gestão de terminais, a solução foi retirar esse processo da nossa responsabilidade e devolvê-lo para as empresas”, explica Leomar Avelino Rodrigues.
Mesmo com sérias dificuldades e amargando um desequilíbrio econômico-financeiro gravíssimo nos últimos 90 dias, uma situação de risco que atinge todo o sistema, as concessionárias do serviço saíram em socorro ao consórcio. As empresas se comprometem a cumprir com todo o escopo de trabalho antes desenvolvido pelo RedeMob. “Mesmo com todas as dificuldades, é menos oneroso que as concessionárias assumam a gestão dos terminais em relação ao repasse de contrapartida da receita mensal ao Consórcio. Nossa responsabilidade de manter toda frota contratada pelo poder público operando, bem como a gestão e manutenção dos terminais, é grande, principalmente com o passageiro, que é o que mais precisa da manutenção do serviço, mas não haverá qualquer prejuízo para o usuário. Mas continuamos aguardando uma solução por parte do poder público para socorrer não as empresas, mas o transportes público coletivo da capital,” detalha Adriano Oliveira, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET), lembrando que o Transporte Público é um serviço essencial que deve ser garantido ao cidadão pelo Poder Público.
Demissões
271 profissionais do RedeMob Consórcio trabalham diariamente em todos os terminais da região metropolitana de Goiânia. O que mais aflige o RedeMob Consórcio, nesse momento, é a recolocação de 130 profissionais que hoje prestam serviço nos terminais da Metrobus. Os outros 141 que atuam nas outras regiões de atendimento já serão absorvidos pela Cootego, HP Transportes, Rápido Araguaia e Viação Reunidas. “Já conversamos com as empresas privadas e elas estão em processo de assunção dos profissionais, lamentamos muito que o regime jurídico da Metrobus não permita que ela absorva esses 130 profissionais que terão que ser demitidos,” reflete Leomar Avelino.
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