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Nota sobre acordo salarial com os trabalhadores do transporte coletivo
Foi concluída hoje a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho dos motoristas do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia, em acordo assinado entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário – SINDITTRANSPORTE e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia – SETRANSP.
O acordo foi mediado pelo Ministério Público do Trabalho, em audiências iniciadas nesta semana e concluído hoje. Na sede do MPT, ficou demonstrada a disposição dos dois sindicatos em assinar um aditivo à convenção coletiva, após consulta realizada com os representados das duas entidades.
Ficou acertado um aumento de 7% no salário dos motoristas e 16% no valor do Ticket Alimentação / Refeição, o que representa 8,74% no valor global da remuneração. Os motoristas também recebem um reajuste anual automático (anuênio) de 3%, o que eleva o ganho para 11,74%.
O valor do reajuste de 7% já vinha sendo antecipado pelas empresas aos trabalhadores, retroativo ao mês de março. O valor referente à diferença acordada para o vale alimentação será creditado na próxima folha de pagamento.
No período considerado desde a convenção coletiva em 2013, a inflação registrada foi de 5,39%, o que estabelece um ganho real para a categoria de 6,35%, considerando todos os benefícios. Os números foram aprovados pelas empresas e pela maioria dos motoristas.
Com relação à chamada “manobra” (operação de transporte dos próprios motoristas durante a madrugada), será tratada em procedimento administrativo específico que se encontra em andamento no Ministério Público do Trabalho.
Para o vice-presidente do Setransp, Décio Caetano, houve um ganho geral para o sistema de transporte que, ao contrário da maioria das capitais brasileiras, vem recebendo atenção redobrada para evitar movimentos, paralisações e consequente prejuízo para a população. “O exemplo de Goiânia é um alívio para quem vive aqui. O poder público passará a custear parte das gratuidades, as empresas voltam a fazer investimentos e os motoristas compreenderam o valor de contribuir com sua parte, o que facilitou o acordo coletivo”.
Após a assinatura do acordo, o presidente do Sindittransporte, Alberto Magno Borges, disse que o ganho real nos salários representa valorização da categoria. “A nova fase de investimentos na qualidade, as discussões sobre corredores preferenciais e principalmente a cobrança por melhorias no trânsito e na segurança pública passam a ser a nova preocupação dos motoristas”.
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